domingo, 22 de novembro de 2009

Agora um pouco sobre a sua vida


Nasceu em Fraserburgh, Escócia, em 23 de novembro de 1945, filho único de um casamento infeliz. Seu pai era alcoólatra, apesar de ter alguns períodos de abstinência. O casamento durou 7 anos.

A mãe, Dennis e 2 irmãos continuaram morando com os avós maternos, como sempre fizeram.

Dennis tinha uma relação especial com seu avô, mas este faleceu quando o menino tinha apenas 6 anos.

Aqui está a explicação de Dennis para o seu próprio trauma: a mãe, sem contar a ele o que tinha acontecido, o levou para ver o corpo do avô morto, o que significou um choque terrível e uma perda insubstituível.

Em depoimentos posteriores, Dennis iria dizer que a morte do avô foi uma espécie de morte emocional dentro dele.

Quando estava com 8 anos, quase morreu afogado no mar. Foi resgatado por um garoto mais velho que brincava na praia. Enquanto estava desacordado na areia, o garoto tirou suas roupas e se masturbou sobre ele. Nielsen só soube o que aconteceu quando acordou e viu o esperma do rapaz sobre seu estômago.

Dois anos depois, sua mãe casou-se novamente, causando seu retraimento e tornando-o um solitário. Ela teve mais quatro filhos e pouquíssimo tempo para Dennis.

Ele nunca demonstrou raiva, crueldade com animais ou outras crianças, ou qualquer tipo de agressividade tipicamente relacionada com desordens de comportamento infantis que ocorrem com crianças que virão a ser assassinos seriais. Ficava, isso sim, horrorizado com a violência alheia.

Uma vez ajudou nas buscas de um homem desaparecido. Ele e seu colega encontraram o corpo do homem nas margens do rio, aparentemente morto por afogamento. O corpo do homem fez Nielsen lembrar-se de seu avô, cuja morte ele não foi capaz de compreender. Sentiu-se melancólico e distante.

Nielsen não teve vida sexual na adolescência, mas experimentou atração por outros meninos. Chegou a explorar o corpo nú de seu irmão.

Em 1961, aos 16 anos, alistou-se no exército e tornou-se cozinheiro. Foi nesta função que aprendeu o ofício de açougueiro.

Bebia para não se sentir tão sozinho e mantinha-se afastado dos outros. Foi nesta época, quando passou a dormir em um quarto privativo, que Nielsen descobriu seu corpo, apesar de dissociá-lo de si mesmo. Olhava no espelho de forma que não visse seu rosto, achava aquele rapaz com um corpo maravilhosamente excitante, masturbava-se enquanto se admirava sem admitir que via a si mesmo.

Nos últimos meses de serviço, encontrou um homem chamado “Terry Finch”, desenvolvendo por ele uma profunda amizade. Nielsen estava visivelmente apaixonado pelo amigo, mas este não era homossexual. Filmava o amigo, que se fingia de morto a pedido de Nielsen. Todos estes filmes caseiros foram destruídos quando os dois se separaram. Nielsen, sofrendo extrema angústia pela separação, deu seu projetor para Terry.

Em 1972, iniciou um treinamento para se tornar um policial. Uma das experiências mais marcantes deste curso foi assistir a autópsias no necrotério. Ficou absolutamente fascinado. Depois de um ano, desistiu da carreira. Empregou-se como entrevistador, carreira que seguiu até ser preso.

Neste trabalho, encontrou-se com David Painter, que também procurava um emprego. Mais tarde encontrou novamente este rapaz na rua e convidou-o para ir até seu apartamento. Painter parece ter adormecido na cama de Nielsen. Quando acordou, estava sendo fotografado por ele. Fez um escândalo tão grande que se machucou e teve que ser levado para o hospital. Nielsen foi interrogado pela polícia e liberado a seguir.

Nielsen tinha encontros esporádicos e superficiais, mas buscava algum relacionamento mais duradouro. Estava pronto para comprometer-se se alguém assim quisesse.

Suas fantasias sobre o “outro rapaz” que morava no espelho tornaram-se cada vez mais bizarras. Agora ele pensava no outro corpo como sendo o de um morto, um estado em que ele considerava possível alcançar a perfeição física e emocional. Chegava a usar maquiagem para melhorar os efeitos especiais, incluindo neles sangue falso para fazer parecer que o corpo tivesse sido assassinado. Imaginava alguém o levando e enterrando-o. Algumas vezes se preocupava por estar tão apaixonado pelo seu próprio corpo morto.

Em 1975 mudou-se para 195 Melrose Place, ao norte de Londres, para um apartamento térreo com jardim. Morava com ele um homem chamado David Gallichan, que negava que sua amizade fosse homossexual. Compraram um cachorrinho, que batizaram de Bleep, e também um gato. Dois anos depois, com suas várias personalidades causando aborrecimentos aos dois, Nielsen pediu que Gallichan partisse. Depois, ficou apavorado de acabar sozinho. Atirou-se ao trabalho, tornou-se mais político, bebia muito e assistia muita, muita televisão. Nielsen começou a matar um ano e meio depois de Gallichan deixá-lo.

Dezesseis meses após a prisão de Nielsen, a polícia encontrou mais de 1000 fragmentos de osso no jardim que lhe pertenceu.

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